Adolescente de 14 anos é apreendido por planejar ataque a escola no RS

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O adolescente responderá por ato análogo ao terrorismo, apologia ao nazismo e organização criminosa

Um adolescente de 14 anos foi apreendido na noite da terça-feira (11/04) por suspeita de planejar um ataque a uma escola em Maquiné, município de aproximadamente 6.700 habitantes, no litoral norte do Rio Grande do Sul. A operação foi executada por agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Polícia Civil, e policiais militares do 8º Batalhão da Brigada Militar.


Neste mesmo dia, o Ministério Público deverá se pronunciar à Justiça sobre uma possível internação do adolescente. Ele foi apreendido por ato infracional análogo a terrorismo. A identidade de todos os envolvidos é preservada pela Polícia Civil em respeito ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

 

Conforme o delegado Marco Antônio de Souza, do grupamento de operações especiais da Core, a Polícia Civil gaúcha foi alertada por colegas do Paraná a partir da apreensão de outro adolescente, também na terça-feira. Investigando o material encontrado com o paranaense, os agentes descobriram a ligação com o gaúcho.

Segundo a polícia, havia a suspeita de que, ao saber da notícia da prisão do adolescente do Paraná, o estudante gaúcho antecipasse um possível ataque para esta quarta. Entre os objetos encontrados na casa estão um capacete, luvas, botas, roupa blindada, um cutelo, facas, canivetes, uma soqueira e simulacros de armas de fogo.

Havia também uma balaclava com estampa semelhante a usada em outros ataques a escolas. Conforme o delegado, o adolescente planejava atacar a escola em que estava matriculado, em Maquiné. Ao cumprir mandado de busca e apreensão na casa, a polícia encontrou bandeiras nazistas e imagens de Adolf Hitler e de Benito Mussolini.

A quantidade do material e o fato de ele não estar escondido levou os agentes a suspeitar de que os pais fossem coniventes com a prática de nazismo do filho. Em menos de dez dias, o Brasil teve duas escolas atacadas, em São Paulo e em Blumenau (SC). Cinco pessoas morreram — quatro crianças de 4 a 7 anos e uma professora de 71 anos.

Bruno Bairros

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