Uma jovem alemã de 21 anos viralizou ao afirmar ser Madeleine McCann, uma criança britânica que desapareceu há 16 anos. O desaparecimento se tornou um dos casos policiais mais misterioriosos do mundo, ainda sem desfecho.
A mulher, que diz se chamar Julia, criou um perfil no Instagram com o nome “I am Madeleine McCann” na última terça-feira (14) que já conta com mais de 104 mil seguidores.
Nos 35 posts – entre fotos, vídeos e textos – elmostra “evidências” de que é a britânica desaparecida e pede ajuda para tentar falar com Kate e Gerry Mccan, os pais de Madeleine.
Na biografia do perfil lê-se, em inglês: “Eu acho que sou a Madeleine. Eu preciso de um teste de DNA. Investigadores da Polícia do Reino Unido e da Polônia tentam me ignorar. Eu vou contar minha história aqui. Me ajudem”.
Em várias fotos postadas, a alemã mostra similaridades de quando era mais nova com a menina desaparecida, como o famoso traço no olho, o nariz, o sorriso e até as orelhas. Ela também compara o seu rosto com o dos pais de Maddie.
Em um dos primeiros posts Julia diz que não lembra da maior parte da sua infância, mas que tem uma memória muito forte de umas férias em um lugar quente com casas brancas – uma descrição quase perfeita do Algarve, em Portugal, onde Maddie desapareceu.
Julia também diz que quando era criança foi abusada por um homem parecido com Christian Brueckner, um alemão de 43 anos que as autoridades britânicas e alemãs identificaram como suspeito em 2020.
Nas centenas de comentários, as opiniões divergem. Há quem diga que elas realmente se parecem e outros não enxergam as similaridades.
“Kate e Gery já não deveriam ter visto isso? Por que nada está acontecendo? Por que isso não está nas notícias? Muito bizarro”, diz uma internauta, enquanto alguns outros defendem que, mesmo que “Julia” não seja Madeleine, ela deveria receber ajuda para tentar descobrir a sua verdadeira identidade.
Relembre o caso
Madeleine está desaparecida desde 3 maio de 2007, quando sumiu de um apartamento do resort no Algarve, Portugal, onde dormia com os irmãos enquanto os pais jantavam a poucos metros. Ela iria completar 4 anos.
O caso teve grande repercussão mundial, principalmente devido à enorme campanha publicitária realizada pelos pais da menina para tentar descobrir o seu paradeiro. Cerca de 600 pessoas foram investigadas e quatro foram consideradas suspeitas, mas absolvidas depois.
Em setembro de 2007, a polícia portuguesa classificou Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, como suspeitos do desaparecimento da filha, depois que DNA foi encontrado em um carro que a família alugou 25 dias após relatar o desaparecimento.
Eles negaram todas as acusações e, posteriormente, o caso contra eles foi encerrado.
Um dos marcos da investigação ocorreu em junho de 2020, quando as autoridades britânicas e alemãs anunciaram que haviam identificado Christian Brueckner, um alemão de 43 anos à época como suspeito no caso. Ele era um traficante de drogas condenado e molestador de crianças.
Mas Brueckner não foi acusado de nenhum crime relacionado ao desaparecimento. Ele está atrás das grades na Alemanha por estuprar uma mulher na mesma região do Algarve onde Madeleine desapareceu.
Recentemente, em 4 de maio de 2022, Hans Christian Wolters, promotor alemão que investiga o caso desde 2020, disse que os detetives acreditam ter encontrado “alguns fatos e novas evidências”, acrescentando: “Temos certeza de que ele [Brueckner] é o assassino de Madeleine McCann”.