Mauro Mendes garante que vai pagar o RGA aos servidores e não descarta novo Fethab


O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), garantiu em uma entrevista realizada nessa segunda-feira (17) que vai pagar o Reajuste Geral Anual (RGA) aos servidores e não descarta novo Fundo de Transporte e Habitação (Fethab).
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Depois que o governo federal aprovou no Congresso a redução de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de produtos como combustíveis e telecomunicações, o governo do estado anunciou queda de arrecadação em setembro de mais de R$ 500 milhões.
“Não existe cortar RGA. Será pago e ponto”, disse Mendes.
Devem ser pagos 4,8%, que não foi pago anteriormente, mais o índice gerado pelo Índice de Preços no Consumidor (IPCA). Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, pede cautela.
“Se colocarmos 1% já dá R$ 140 milhões a mais por ano. Então nós pedimos um estudo da Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa para trazer qual será realmente o impacto. Temos que trabalhar com responsabilidade”, disse Eduardo Botelho.
Para equilibrar o caixa, o governador planeja a criação de um novo Fethab, cobrado dos produtores de commodities, como soja e algodão, que só no ano passado arrecadou mais de R$ 2 bilhões.
“O que a Secretaria de Fazenda divulgou é realidade. A arrecadação caiu muito em relação ao mesmo período do ano passado. Estamos tendo perda na arrecadação e isso é um perigo danado. Um sinal de alerta para todo mundo. Jamais podemos deixar voltar aquele Mato Grosso de 4 anos atrás, que não pagava fornecedor, que não pagava empresas, atrasava salário de servidor”, disse o governador.
Ele garante que tem feito economia para garantir o funcionamento da máquina pública.
“Tenho puxado o freio de mão em várias áreas do governo. Antes disso acontecer eu cantei a pedra. As medidas que o Congresso aprovou lá de última hora trariam várias consequências para o país, para os estados e para os municípios. E isso já começou. Quando você reduz impostos, por outro lado você cria um ambiente que é propício ao desenvolvimento e crescimento dos negócios, atrai o setor produtivo, mas tem que ser planejado e isso foi feito em menos de um mês”, destaca Mauro Mendes.