Delegado deixa investigação de interceptações telefônicas ilegais em MT e passa a atuar na Defaz

Delegado deixa investigação de interceptações telefônicas ilegais em MT e passa a atuar na Defaz
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A decisão de realocação do delegado foi tomada devido à carência de delegados na Delegacia Fazendária, após saída o delegado Marcelo Martins Torhacs, que foi para o Gaeco.

Um dos três delegados responsáveis pelo inquérito que investiga supostas interceptações ilegais em Mato Grosso, escândalo que ficou nacionalmente conhecido como “grampolândia pantaneira”, Rafael Mendes Scatolon, deixou o caso nessa quinta-feira (15), por determinação da diretoria da Polícia Civil.

Conforme informações da própria Polícia Civil, Rafael Mendes Scatolon passa a atuar na Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz).

A decisão de realocação do delegado foi tomada devido à carência de delegados na Delegacia Fazendária, após saída o delegado Marcelo Martins Torhacs, que foi para o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Grampos

Os telefones foram interceptados com autorização judicial. Os documentos pedindo à Justiça autorização para isso foram assinados pelo cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correia Júnior, numa suposta investigação de crimes cometidos por PMs.

No entanto, foram juntados os telefones de quem não era suspeito de crime algum, numa manobra chamada “barriga de aluguel”.

O caso foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, à época secretário de Segurança Pública. Em depoimento encaminhado à Procuradoria-Geral da República, ele afirmou que, naquele ano, ouviu o coronel Zaqueu Barbosa, comandante da PM à época, dizer que as interceptações telefônicas eram feitas por determinação do ex-governador Pedro Taques (PSDB).

Zaque alega ainda que levou o assunto ao governador, que ficou constrangido, mas não fez nenhum comentário. Depois, Taques acusou Zaque de fraudar um protocolo da denúncia no governo.

Bruno Bairros

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