Sindicato tenta impedir viagem do GOE até Colniza por falta de diárias e salário.
O Sindicato dos Investigadores da Polícia Judiciária Civil (PJC) tentou impedir que oito investigadores do Grupo de Operações Especiais (GOE) se deslocassem até Colniza (a 1006 km de Cuiabá) para ajudar nas investigações sobre as mortes de trabalhadores rurais sem terra que ocupavam a fazenda Bauru, do ex-deputado José Riva. De acordo com a entidade, os agentes não possuem recursos financeiros para se manterem na viagem, sem condições de bancar alimentação e hospedagem.
LEI TAMBÉM: Confronto deixa feridos e morto em fazenda de ex-governador e de ex-deputado em MT.
A determinação da direção da PJC é que os investigadores fiquem em Colniza até o fim das investigações, sem data prevista para ser concluída. “Enquanto presidente do sindicato não quero deixar os policiais saírem, mas se não forem serão punidos administrativamente. Queremos deixar claro que o servidor público que trabalha tem direito a receber. Direitos não se negociam. O Sindicato não vai conseguir impedir, mas vai recorrer judicialmente sobre todos os danos que o servidor possa ter”, assevera Edileusa Mesquita.
De acordo com a presidente do Sindicato a situação é caótica, já que o governo alega não ter condições de pagar diárias, o que acaba sendo extremamente prejudicial para os setores de serviços essenciais como é o caso da Segurança Pública.
“São oito policiais que estão saindo de Cuiabá esta tarde sem pagamento do salário, RGA, 13º, sem nenhum centavo para se manter na estrada, e inclusive sem o pagamento de diárias, sem condições de manter hospedagem e alimentação e que vão ficar por tempo indeterminado”, ressalta.
Edileusa informou que em conjunto com o Fórum Sindical está articulando assembleia geral junto aos policiais civis, e que na próxima semana visitará todas as delegacias para mostrar aos servidores em atividade que deverá culminar em greve da categoria. A decisão deverá ser tomada até 15 deste mês.
Às 17h – Governo emite nota sobre diárias
O fornecimento de diárias pelo Governo de Mato Grosso é feito de modo formal por meio do Sistema de Gestão de Viagens (GV). Todos os que atuarem em missão fora do domicílio receberão os valores devidos em sua conta bancária, assim que forem processados os pedidos de diária, e emitida a Nota de Ordem Bancária – trâmites realizados sempre de forma célere.
Portanto, os profissionais de segurança atuarão na ocasião e receberão posteriormente.
Para receber antecipadamente, seria necessário planejamento com antecedência da missão, o que não é possível em situações de urgência e emergência.
